terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Agora, a guerra. Que Deus tenha piedade!

 São tantos acontecimentos no Brasil, em Portugal e no mundo que quase não nos deixa espaço para refletirmos. Por vezes, faço o exercício de ficar in off para conseguir absorver informações e factos, numa tentativa de regozijo. Mas, as péssimas notícias são ligadas às novas por lágrimas, somos humanos. Na periferia existem pessoas que retratam um alto nível de resiliência, força, humildade e dignidade, apesar de desprovidas de cuidado e amparo público. Foi ali, que aprendi a dar os meus primeiros passos sociais e reconhecer que no mundo de pessoas, coisas e animais todos têm direitos, principalmente o direito de existir, ser e estar.

Nas dificuldades, esquecemos as dores, as disputas e os rancores. Simplesmente unimo-nos. E depois, lutamos, interagimos e manifestamo-nos. Marchamos e cantamos…”caminhando e cantando e seguindo a canção…”
Nasceram assim as associações, os grupos de defesa das minorias e os sindicatos. Talvez, a história da democratização dos espaços seja uma vaga lembrança para muitos, mas quem participou dos movimentos ativos nas ruas e na lendária Praça da Sé no Movimento das Diretas Já, não o esquece jamais.
Lamentamos a Pandemia, as crises climáticas, as perdas humanas, os homicídios, os suicídios, todas as violações, os desempregos, as inúmeras lacunas financeiras, mas principalmente o desamor. Como se não bastasse o tudo, começa uma guerra.
Esclareço, ao Exmo. Presidente da República do Brasil que sua manifestação na Rússia não representa o entendimento do povo brasileiro. O povo sabe muito bem que um país que sofre com a desvalorização cambial, que possui inúmeros problemas sociais e desigualdades, péssima distribuição de rendas, que tem um problema grandioso de não garantia de segurança interna, inflação, sofre com a ausência de profissionais na saúde, com a deficiência do letramento de jovens, crianças e adultos, que ficam atrás de tantos outros. O funcionalismo público abandonado, desvalorizado, com a violência nas periferias, a droga que reina soberana, com a ausência de democracia e inclusão institucional, a truculência no tratamento com as pessoas e a falta de transparência no Orçamento Federal, em que o dinheiro para as eleições indicam que os seres humanos valem menos no jogo do poder. Tudo isto para dizer que não apoiamos a Rússia.
Lembramos ao Governo Federal que o combate no Brasil é interno e tem que ser resolvido: a fome, o racismo, a violência, as drogas e a falta de oportunidades iguais para todos(as).

Reconstrói-se Brasil primeiro!
Que o povo brasileiro, em todas as esferas possa mudar o sentido de voto porque poderemos (re) iniciar um novo caminho. O Brasil é muito maior do que os seus problemas e dos governantes cruéis!
Aos ucranianos e à Comunidade Ucraniana em todo o mundo, o nosso abraço e vibração de força, ânimo e sorte. Estaremos juntos em oração.
Oremos ao Senhor todos(as) juntos(as) pela paz no mundo, a Rússia é um monstro nuclear adormecido e esbarra no limite.


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